terça-feira, 13 de agosto de 2019

Comparativo entre 15 populares com câmbio automatizado/automático


Descansar o pé esquerdo deixou de ser um “luxo” disponibilizado somente a proprietários de carros mais caros há muito tempo.
Agora, é possível encontrar modelos de porte compacto e a preços mais acessíveis que oferecem a opção de transmissão sem o pedal de embreagem, seja ela automatizada convencional, automatizada de dupla embreagem, automática com conversor de torque e automática do tipo CVT.
Porém, você sabe quais são esses carros mais em conta disponíveis com tais transmissões e o funcionamento dessas caixas? Fizemos um breve comparativo entre todas os câmbios sem pedal de embreagem e os modelos que ofertam essas opções no mercado brasileiro.
Confira:

Modelos com câmbio automatizado

Entre os exemplares com câmbio automatizado, os que mais se destacam são os da Fiat. Até pouco tempo atrás, a marca só ofertava este tipo de transmissão para seus carros mais em conta no mercado – agora, o Argo traz transmissão automática convencional, por exemplo.
Esta caixa era oferecida anteriormente como Dualogic, mas agora foi rebatizada como GSR (Gear Smart Ride) nos carros mais recentes.
O câmbio GSR está disponível para o Mobi 1.0 Firefly, Uno 1.3 Firefly, Argo 1.3 Firefly, Grand Siena 1.6 E.torQ e Weekend Adventure 1.8 E.torQ – nesses três últimos, a caixa ainda é nomeada como Dualogic.
Na linha da Fiat, é possível adquirir um carro com transmissão automatizada por a partir de R$ 45.990 (Mobi Drive 1.0 GSR), podendo chegar a R$ 78.970 no modelo topo de linha (Weekend Adventure 1.8 Dualogic).
Há ainda o i-Motion da Volkswagen, que está disponível para os modelos up! 1.0 MPI, Gol 1.6 MSI, Voyage 1.6 MSI, Fox 1.6 MSI e SpaceFox 1.6 MSI. Neste caso, os preços variam de R$ 51.490 (move up! 1.0 i-Motion) a R$ 66.520 (Fox Highline 1.6 i-Motion).
Outra marca que dispõe de câmbio automatizado é a Renault, com o Easy’R apenas para o Sandero Stepway Dynamique 1.6, que custa a partir de R$ 65.640.

Em todos esses modelos, o câmbio automatizado tem praticamente a mesma concepção.
Os componentes de câmbio e embreagem são basicamente os mesmos de uma transmissão manual. Entretanto, um sistema auxiliar entra no lugar do pedal de embreagem para desacoplar o motor da transmissão e também para engatar as marchas.

No caso do GSR ou Dualogic da Fiat e do i-Motion da Volkswagen, a transmissão automatizada traz um sistema eletrohidráulico da marca Magneti Marelli. Ele é gerenciado por uma central eletrônica de transmissão que, em conjunto com a central eletrônica do motor, determina qual marcha deve ser utilizada, isso tudo de acordo com a pressão do pedal do acelerador e a velocidade do veículo.
Já o Easy-R da Renault traz um sistema totalmente eletrônico da ZF Sachs. Ele conta com três motores elétricos de corrente continua, que faz o acionamento da embreagem e seleção e engate das marchas.
Um sinal elétrico é emitido para o módulo de controle da caixa, que juntamente com o módulo do motor, determina a marcha a ser utilizada seguindo a pressão do pedal do acelerador e a velocidade.

Modelos com câmbio automatizado de dupla embreagem

Apesar do nome sugerir o contrário, o câmbio automatizado de dupla embreagem tem concepção diferente de uma caixa automatizada convencional. Dá para falar que este tipo de transmissão já “nasceu” com o intuito de ser um modelo sem o pedal de embreagem, não tendo ligações com o câmbio manual, por exemplo.
Na automatizada de dupla embreagem, como o próprio nome indica, há duas embreagens que trabalham de forma simultânea e sincronizada. Enquanto a primeira atua na marcha selecionada, a segunda já se prepara para entrar em ação juntamente com a próxima marcha.
Na prática, uma embreagem engata a primeira, terceira e quinta marchas, enquanto a outra fica com a segunda, quarta, sexta e ré.

Esse funcionamento elimina boa parte dos trancos (comuns em modelos automatizados de embreagem simples) e também oferece trocas mais rápidas, que segundo as marcas apresentam um terço do tempo de um automático comum.
Fora isso, ela dispensa conversor de torque e fluidos, diminuindo o desgaste das peças e os custos com manutenção.
Neste caso, estamos falando do PowerShift que equipa atualmente a linha do Ford Fiesta em nosso mercado. Convenhamos que o Fiesta não é um carro tão “popular” assim, visto que o PowerShift está disponível somente a partir da versão SEL 1.6, que custa a partir de R$ 63.190.
Além disso, esta transmissão tem um histórico de problemas envolvendo diversos exemplares. Sendo assim, é válido fazer uma pesquisa para ver se tal modelo pode ser considerado uma boa compra.

Modelos com câmbio automático

A transmissão automática convencional, dotada de conversor de torque, é a mais comum entre os carros compactos.
Na lista, há a Citroën com o C3 1.6, a Kia Motors com o Picanto 1.0, a Chevrolet com o Onix 1.4 e o Prisma 1.4, a Fiat com o Argo 1.8 a Hyundai com o trio HB20 1.6, HB20S 1.6 e HB20X 1.6, a Peugeot com o 208 1.6, a Volkswagen com o novo Polo 1.0 TSI e a Toyota com o Etios 1.3 e 1.5 e Etios Sedan 1.0 e 1.5.
Praticamente todos eles possuem um câmbio automático de seis marchas, com exceção do Picanto e do Etios, que usam uma caixa de quatro velocidades – um tanto quanto defasada, é verdade.
No caso da transmissão automática convencional, como dá para notar logo no nome, o câmbio se encarrega de fazer as trocas de marcha sem intervenção do motorista, como acontece nos demais.
Ele conta com engrenagens, que se interligam e criam todas as diferentes relações de marchas que a caixa pode produzir, engatando e trocando as marchas conforme o necessário.

O câmbio automático consegue detectar o momento certo de mudar de marcha graças ao conversor de torque. Ele “calcula” o momento da troca de marcha de acordo com a posição das engrenagens.
Nele, há rolamentos, turbina, catraca e bomba. Ou seja, trata-se de um sistema bastante completo, tanto é que é o item mais caro da transmissão como um todo.
Atualmente, o carro automático mais em conta disponível no mercado brasileiro é o Toyota Etios X, com motor 1.3 litro e transmissão automática de quatro marchas. Ele parte de R$ 51.870.

Modelos com câmbio automático do tipo CVT

A transmissão automática do tipo CVT (continuamente variável) também é uma realidade entre os carros populares no mercado brasileiro. Por aqui, ela é ofertada somente na linha do March e do Versa, ambos da Nissan, com preços que partem de R$ 56.990 (no caso do March na versão intermediária SV com motor 1.6 e transmissão Xtronic CVT).
O câmbio do tipo CVT, diferente do automático convencional, usa duas polias lisas interligadas por uma corrente metálica submersa em fluido. Essas polias se movimentam e determinam o ponto em que estará a corrente de transmissão em questão de instantes.
Com isso, as relações criam uma espécie de “marcha” para cada momento, mais especificamente de acordo com a velocidade requisitada na condução.
Tanto é que boa parte dos câmbios CVT disponibilizados pelas fabricantes têm aquela sensação de que o motor está constantemente acelerado.
Em outros casos, como no CVT que equipa o Toyota Corolla, há marchas simuladas para oferecer uma certa sensação de esportividade.

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